quarta-feira, 18 de abril de 2012

Tributo a Peter Druker ou "Marketing", interesse de todos


        Com a morte de Peter Drucker este mês*, perdemos simbolicamente o gênio maior do marketing e da administração do século XX. Este austríaco radicado na América inventou, contextualizou, simplificou o marketing e o popularizou, tornando-o patrimônio cultural dos profissionais ligados ao comércio de produtos e serviços, mesmo que fora do ambiente da universidade.
       O marketing, mais que um tema ou uma ciência, transformou-se graças a ele em palavra isolada, comum no vocabulário do ambiente de vendas: palavra intraduzível em português, espanhol ou qualquer outro idioma, mas que ao mesmo tempo não carece de tradução.
        Talvez todos saibamos, mesmo que intuitivamente, o que vem a ser marketing. Mesmo quem não o sabe, sabe. Defini-lo em palavras seja talvez tarefa simples ou impossível para uns, mas absolutamente desnecessária para outros, justamente pela aventura do desafio de esmiuçar um tema profundo teoricamente, mas que ao mesmo tempo tornou-se fluente, básico, necessário e especialmente simples em nosso dia-a-dia.
       Muitas definições já foram criadas no ambiente acadêmico. Esta a seguir é das mais sintéticas: “marketing vem a ser qualquer atitude que tomemos para conquistar ou manter um cliente”. Esta definição (sobre a qual se desconhece a autoria) encerra uma simplicidade e uma amplitude de sentido imensas. Esta simples definição nos convence de que o marketing mora em nossos pequenos gestos, nos detalhes mínimos de nossa relação com o mercado, com o nosso público.
      Seja em qualquer área que atuemos, o marketing faz-se necessário. Evidentemente aos que trabalham com comercialização de produtos e serviços, muitos exemplos podem ser citados: gestos como a distribuição criteriosa de um cartão de visitas caprichoso em círculos sociais, comentários aparentemente despretensiosos sobre o próprio negócio em ambientes onde pode-se encontrar clientes em potencial, parcerias com outras empresas em troca de visibilidade etc. Aos que não atuam profissionalmente vendendo algo, entra em cena o “marketing pessoal”, ciência que estuda a venda de nossa imagem para o nosso público e para a sociedade como um todo: capricho na apresentação pessoal, o portar-se socialmente, a cordialidade, a criação da empatia etc.
        Conclui-se que marketing é portanto tema de interesse geral: todos o precisamos, todos fazemos dele devido uso, todos sabemos de que se trata. Graças a Drucker.

* Texto de novembro de 2005.
** Palestrante Eduardo Peres – Palestrante, mágico e humorista, especialista em vendas, liderança e motivação de equipes para resultados. Foi Campeão Mundial de Mágica em 2000.