quarta-feira, 18 de abril de 2012

A "Habilidade" do Constante Aprendizado


     Sabe-se que neste nosso momento histórico atual, a principal condição para o crescimento e o desenvolvimento de um profissional – por maior que seja a sua experiência e por mais extensa que seja a sua carreira – é que este profissional esteja sempre disposto a aprender todos os dias.

    Isso pode parecer banal à primeira vista, mas se nós examinarmos mais detalhadamente, perceberemos que essa prática não é da nossa natureza. Pela lei do mínimo esforço, é muito mais fácil trabalhar com o que já se sabe do que buscar novos conhecimentos. Em outras palavras, para a grande maioria das pessoas, aprender representa um grande sacrifício, um fardo, um esforço a ser evitado.

        E se isso não faz parte da nossa natureza, (todos temos normalmente um certo bloqueio para a assimilação imediata de novidades e adaptação a mudanças), criou-se uma espécie de necessidade de se desenvolver isso que hoje já é considerada uma nova habilidade empresarial: a “habilidade de aprender sempre”.

        E por que chamar isso de "nova habilidade"? Porque “as coisas” estão mudando muito rapidamente. E por “as coisas” compreendemos “a conjuntura”, isto é, as condições e estados sociológicos, tecnológicos, políticos, corporativos etc. Há um dado impressionante que diz que nos próximos três anos as coisas vão mudar mais do que nos últimos vinte anos mudaram. O mundo está se sofisticando com uma velocidade tal que é cada vez mais claro perceber que o que se aprende, envelhece!

           Três rápidos e práticos exemplos:

          Nos anos 70, a datilografia. Quem sabia datilografia levava grande vantagem sobre quem não sabia. Essa mera habilidade técnica chegava a ser um “diferencial competitivo”. Nos anos 80, o inglês. Todos estudavam inglês para ter um diferencial representativo. Nos anos 90, a informática. Aquele que sabia explicar a diferença entre website e e-mail era considerado alguém à frente de seu tempo. E agora?

          Está claro que essas habilidades muito específicas têm prazo de validade. E que se assim é, é preciso aprender a ter a maior e mais definitiva de todas as habilidades: a habilidade de aprender sempre! Aprender a desaprender o que é velho e a reaprender o novo de maneira constante, todos os dias, um pouco por dia.

          Como?

         Uma questão de atitude individual. Da reformulação de nossos hábitos particulares. Afastar aquela conhecida “preguiça mental”, e estar sempre disponível às informações que são intensamente apontadas em nossa direção todos os dias, para transformá-las em conhecimento. Estar sempre disponível – esta é a frase-chave deste conceito. Coloque-se “disponível” às novidades. Esteja sempre “disponível” ao novo, crie e desenvolva esta “índole empreendedora” e surpreenda-se com os resultados.

* Palestrante Eduardo Peres – Palestrante, mágico e humorista, especialista em vendas, liderança e motivação de equipes para resultados. Foi Campeão Mundial de Mágica em 2000.